Em que eu morava era sem saída, por conta da linha do trem que passava no final da mesma. Quando o trem passava algumas crianças, incluindo-me, costumavam jogar pedras em seus vagões, pode até não parecer mas era divertido. Talvez fosse divertido só pelo fato de não ser certo.
Aquela rua foi prova de que a infância dos anos 90 foi bem melhor do que a atual, pois as crianças daquela geração costumavam se reunir e brincar até o anoitecer. Costumávamos brincar de esconde-esconde, balança caixão e mãe pega; praticavamos esportes como vôlei, futebol e caçador; jogavamos banco imobiliário e outros jogos. Tá certo que pela minha idade eu não passava de café com leite nas brincadeiras e de gandula nos esportes, mas é que na verdade eu não passava de um rabinho da minha irmã mais velha, Juliana.
Um dia paguei muito caro por essa minha necessidade de estar atrás da minha irmã onde quer que ela fosse, pois lembro que uma vez ela quis sair sem me levar e eu desesperada corri para tentar alcança-la, mas o meu shorts estava sem elástico e enquanto eu corria tinha que parar para ergue-lo, um verdadeiro mico já que a rua estava cheia de gente.
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