programa 'No Limite', a Vanessa fez uma especiaria pra eu comer, no meio de uma mortadela ela colocou uma sardinha, cobriu com queijo ralado, enrolou e me deu para comer, e eu comi. Eu pensava: Se eles comem até olho de cabra, o que tem comer uma sardinha com mortadela e queijo? Sem contar que eu não poderia deixar de comer, seria quase como uma humilhação, as pessoas iriam pensar que eu não tinha coragem, e a minha reputação, onde ficaria? Fui obrigada a comer, pelo meu orgulho próprio! E as consequências disso? Uma semana com diarreia e vomito! Nunca passei tão mal em toda minha vida. A Vanessa quase me matou!
Quem sou eu
- Fernanda M
- Apesar de já terem se passado vinte anos, eu ainda estou tentando me descobrir.. A cada dia vivo emoções diferentes que se acrescentam em minha história e que alteram a mesma. Diariamente me deparo em situações que me ajudam a crescer, vivo em constante evolução.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Nós todos..
éramos muito aventureiros, e um dia resolvemos fazer uma expedição a casa abandonada, e lá encontramos um frasco de desodorante AXE, chegamos a pensar que havia algum tipo de droga dentro dele e então resolvemos abrir para ver se a suspeita era verdadeira. Tomei a posse do frasco, com a mão esquerda o segurei com força e com direita desrrosquiei, nesse momento todo o liquido que estava dentro dele foi em meus olhos, fiquei sem enxergar e com medo de minha mãe brigar comigo. Todos os meus amigos ficaram assustados, queriam chamar minha mãe, eu implorava para que não a chamasse, mas chamaram. Todos aqui em casa ficaram assustados, os vizinhos começaram a dar palpites, e graças a sabedoria popular minha mãe pingou algumas gotas de leite em meu olho, que foi a minha salvação! Minha mãe nem brigou comigo..
domingo, 11 de janeiro de 2009
Com o tempo..
o bairro Sitio Cercado foi crescendo e juntamente com ele o meu grupo de amigos de infância, formado por mim, Vanessa e seu irmão Juninho, Nono, Milena, Rédini e seu irmão Eddie, Julio, Naiara e seu irmão Denis, éramos em muitos e aprontamos muito..
Nessa época Patricia já havia se mudado para outro bairro, durante todos os anos que se passaram desde então só tive noticias dela uma vez, quando ela veio nos visitar. Ela estava diferente, bem mais bonita, seu cabelo, agora arruivado, crescia para baixo.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Muitos conhecem..
a história que vou contar, mas eu não poderia deixar de registra-la aqui também. Enfim..
em um dia do passado mais ou menos distante havia chovido muito, deixando a rua de chão escorregadia e a valeta que estava a céu aberto cheia, e eu com minhas amigas, Patricia e Vanessa, resolvemos inocentemente apostar uma corrida de bicicleta, indo de uma esquina a outra, ou seja, da esquina onde não havia valeta até a esquina onde havia valeta [aquela a céu aberto e cheia]. Desde que foi autorizado o inicio da corrida até o seu provável fim, estávamos praticamente empatadas, até que Vanessa patina os pneus de sua bicicleta na lama e fecha Patricia, que perde a direção e cai na valeta. Apesar de querer ajudar Patricia, eu e Vanessa pouco podíamos fazer, então pedimos ajuda e um moço veio nos socorrer; ele puxou Patricia pelos cabelos, que naquela época cresciam para cima, salvando-a de morrer afogada em uma valeta. Patricia nos relatou que viu até sapo no seu mergulho na valeta, mas eu não sei se acredito. Aquele dia fiquei com muito dó da Patricia, pois além de cair na valeta, teve que tomar banho de Q-boa que sua mãe a obrigou; a mãe dela era meio louca, colava as orelhas de Patricia com super-bonde, só porque ela tinha as orelhas de abano; mas o mais incrível foi o dia em que ela resolveu raspar a cabeça da filha, deixando-a careca, para livrar-lhe dos piolhos, normalmente as mãe costumam passar remédio, ou procurar e matar os piolhos com o dedo "mata piolho". Lembro até hoje do dia em que descobrimos que Patricia estava careca, pois sem mais nem menos, ela apareceu com o cabelo [para baixo] cheio de tranças e vestindo um boné, achamos o fato estranho [afinal, o cabelo dela estava para baixo] mas não falamos nada.. até que bateu um vento que levou o boné dela, deixando então que descobríssemos o seu segredo, ela não tinha feito tranças, pois essas estavam presas no boné, o que realmente havia acontecido é que ela estava careca. Patricia foi embora chorando..
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Grande parte..
dos vizinhos estavam se mudando, e não foi diferente com a minha família. Meu pai começou a construir nossa casa no Sítio Cercado e logo nos mudamos. Eu tinha cinco anos quando isso aconteceu, tentei resistir, pois não é fácil se adaptar a algumas mudanças.. mas foi inevitável!
Viemos morar aqui no Sítio Cercado mesmo com nossa casa não estando completamente pronta, lembro que a minha mãe ficou com medo que os sem terras ocupassem o terreno. Também, havia aqui nas redondezas somente 4 casas e muito mato, quase terra de ninguém!
Um dia eu estava sentada na parte da frente do nosso terreno, brincando com areia, quando sem mais nem menos Vanessa e Patrícia vieram falar comigo, e logo nos tornamos amigas.
Patrícia era filha única e morava na casa ao lado da minha; já Vanessa tem mais três irmãos, um casal mais velho que ela e uma mais nova, todos eles moravam do outro lado da rua.
Patrícia e eu temos a mesma idade, Vanessa é um ano mais velha. Juntas brincamos muito, mas sempre brigavamos na hora de escolher quem era quem dos power rangers, pois a Vanessa era sempre a rosa e eu com a Patrícia disputávamos para ver quem seria a ranger amarela. A Patrícia para tentar me convencer falava: Você pode ser o branco, ele é mais forte! Ou então: Seja o azul, ele é o mais bonito! Teve um dia que ela me deu uma vassourada na cabeça para ser a ranger amarela; depois de ir embora chorando resolvi me vingar e fui de atrás dela e dei uma bela vassourada em sua cabeça, então fomos as duas pra casa chorando!
Naquela época..
meu avô ainda era vivo, apesar de lembrar de sua feição, não lembro de nenhum momento nosso, aliás, o única imagem que tenho nítida em minha memória é a dele sendo levado para o hospital.. foi quando ele morreu. Eu era muito pequena, não sabia de nada, mas eu queria ter vivido, convivido, compartilhado mais momentos com ele.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Meus pais..
resolveram me matricular na escolinha Monteiro Lobato, onde fiz o jardim alguma coisa. São poucas as lembranças que tenho da minha primeira experiência na escola, uma das que me restam é do dia do meu aniversário, onde a professora e toda turma cantaram pra mim "parabéns pra você" 7 vezes; 7 vezes em uma única tarde! E fala sério, quem não fica com vergonha quando cantam "parabéns pra você"? Eu pelo menos não sei o que fazer, não sei se canto, se bato palma, se dou risada.. não sei o que fazer! Fico totalmente sem graça e sem jeito. Agora imaginem como fiquei naquele aniversário em que cantaram 7 vezes "parabéns pra você" em uma única tarde! É, acho que traumatizei. Mas continuando com as lembranças que tenho daquela época, não posso deixar de contar do dia em que um menino soltou em cima do meu pé um tijolo. Não poderia sentir dor maior do que aquela, pois contei com o azar de estar usando sandalinhas de Jesus, e aquilo não protege em nada nossos pés contra lançamentos de tijolos. Com toda a dor que estava sentindo, fui chorando falar para a minha professora, esperando que no mínimo ela fosse brigar com aquele menino, mas a única coisa que ela fez foi passar a mão no meu cabelo e falar: "não foi nada". A partir daquele dia passei a não gostar tanto daquele menino quanto da professora!
domingo, 4 de janeiro de 2009
Teve um dia..
que interrompemos a brincadeira para encher o saco de alguns meninos que resolveram cheirar cola na esquina de nossa querida rua. Já era tarde, realmente não era hora de criança estar na rua e sim de drogados se drogarem, mas poxa, porque na nossa esquina? Então começamos a insultar os cheiradores de cola, não lembro o que falamos para aquelas pessoas, só sei que elas começaram a andar em nossa direção, com medo entramos todos em minha casa, com tamanha correria, Rex o cachorro, avançou em Aramis, aumentando o nosso desespero e nos mostrando que na verdade o vilão não era os drogados e sim Rex, mas ninguém deu a mínima para este sinal.
Algum tempo depois de tal episódio eu me sentei na garagem de casa, sem ter muito o que fazer resolvi conversar com Rex, então disse a ele: Au! E ele respondeu: Au, Au! E eu retruquei: Au, Au, Au! Ele insistiu e disse: Au, Au! Eu achando a conversa agradável, falei: Au! E então Rex mordeu meu rosto. Lembro do desespero de todos, meu inclusive. Minha mãe me pegou pelo braço me levou ao banheiro onde lavou meu rosto com sabão, aai como ardeu! Minha irmã estava chorando desesperada achando que eu ia morrer, e algumas pessoas das mais otimistas achavam que eu ficar cega. Ao chegar no hospital lavarem meu rosto com uma porção de líquidos, e tive que tomar uma baita injeção, aliás, tive que tomar uma injeção por mês durante um ano. Consigo ver aquele corredor cinza, cumprido, onde o som fazia eco, e aquela porta aberta, onde eu entrava para mais uma tortura mensal.
Por sorte as consequências da mordida não passou de rosto engessado! Acho que sou uma das poucas pessoas que já tiveram seu rosto engessado. Ahh, claro.. depois do tirar o gesso fiquei com cinco belas cicatrizes! Mas de qualquer forma, melhor do que morrer ou ficar cega.
Meus familiares até hoje não acreditam em mim, uns falam que eu puxei o rabo do Rex, outros que eu assoprei o ouvido dele, mas na verdade eu só conversei com ele, no máximo xinguei a mãe dele, vai saber..
Já que..
revelei um grande mico meu, vou revelar um grande mico da minha irmã também!
Minha mãe tem muito talento com tricô, crochê e derivados, e antigamente ela costumava fazer roupas para nós e para quem quisesse. Lembro que um dia ela fez um bela saia de crochê para minha irmã, e quando ela resolveu estreia-lá, não se tocou que a bendita havia enroscado em uma árvore, e conforme ela ia andando a saia ia se desmanchando, até que ela percebeu a situação e resolveu correr para casa, acabando de desmanchar a saia, chegando no portão só de calcinha. Coitada.
Essa história me fez recordar das tardes ensolaradas que passavamos na piscina. Era divertido, jogavamos água uns nos outros e só saiamos de dentro d'água quando nossos pés e mãos já estavam enrugados. Mas um dia o triste aconteceu, pois o nosso coelho Edi fugiu de sua gaiola e depois de comer toda a piscina foi embora. Agora imaginem como fica a cabeça de uma criança, que no mesmo dia perde a piscina e o coelho de estimação; Foi um grande trauma.
A rua..
Em que eu morava era sem saída, por conta da linha do trem que passava no final da mesma. Quando o trem passava algumas crianças, incluindo-me, costumavam jogar pedras em seus vagões, pode até não parecer mas era divertido. Talvez fosse divertido só pelo fato de não ser certo.
Aquela rua foi prova de que a infância dos anos 90 foi bem melhor do que a atual, pois as crianças daquela geração costumavam se reunir e brincar até o anoitecer. Costumávamos brincar de esconde-esconde, balança caixão e mãe pega; praticavamos esportes como vôlei, futebol e caçador; jogavamos banco imobiliário e outros jogos. Tá certo que pela minha idade eu não passava de café com leite nas brincadeiras e de gandula nos esportes, mas é que na verdade eu não passava de um rabinho da minha irmã mais velha, Juliana.
Um dia paguei muito caro por essa minha necessidade de estar atrás da minha irmã onde quer que ela fosse, pois lembro que uma vez ela quis sair sem me levar e eu desesperada corri para tentar alcança-la, mas o meu shorts estava sem elástico e enquanto eu corria tinha que parar para ergue-lo, um verdadeiro mico já que a rua estava cheia de gente.
Morei no..
Conjunto Mercúrio desde quando nasci até completar os meus 5 anos de idade. Lá era um lugar bom de se morar, pelo menos eu e minha irmã achavamos, aliás, eu acho que minha achava; mas meu pai com a minha mãe não achavam, aliás, pelo menos eu acho que eles não achavam. Mas eu entendo, moravamos de aluguel e isso não é legal, sem contar que era próximo da favela, e as casas de nossa rua eram constantemente assaltadas, inclusive a minha. Não sei se é exagero meu, mas a lembrança que trago comigo dessa época é a de que éramos assaltados toda semana. Sem muito esforço vejo a imagem de todos os meus vizinhos reunidos na rua e um ladrão andando em cima das casas em direção a linha do trem, que passava na esquina. Os ladrões daquela época eram mais humildes, lembro que eles costumavam levar comida e periquitos, sim eles estranhamente levavam periquitos, um dia levaram o periquito do meu pai, mas não levem isso a mal.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Desde pequena..
meus pais me guiaram no caminho cristão, convidaram meu tio Antônio e sua esposa, minha tia Lourdes, para serem meus padrinhos de batismo. Eles aceitaram e dessa forma recebi o meu primeiro sacramento, segundo os ensinamentos que aprendi posteriormente na catequese, foi nesse dia em que eu deixei de ser criatura de Deus para ser filha dele, e se alguma coisa acontecer com os meus pais serão eles que terão que cuidar de mim.
Lembro com certa frequência das vezes em que meus pais me lavaram pra assistir as missas de domingo, nas quais eu não conseguia pois sempre pegava no sono, aliás, lembro também do dia em que caí do banco da igreja enquanto dormia, no momento até chegou a ser engraçado.
Por ter..
nascido prematura fiquei alguns dias a mais na incubadora, mesmo minha mãe já tendo tido alta. Devido a vários fatores eu não possuía forças nem para mamar no peito de minha mãe, sendo necessário então desde os primeiros dias para o meu desenvolvimento a xuquinha. Algumas pessoas dizem que sou como sou por falta do leite materno; Mas acho que falam isso só pra me provocar, mas eu nem ligo! Por várias vezes eu quase morri, logo se vê pelo meu nascimento, pois não é nada fácil nascer no sétimo mês de gestação, mais a morte se aproximou de mim novamente quando minha tia Nisse resolveu me dar de mamar naquela velha xuquinha, conseguindo apenas me afogar. Minha mãe fala que nunca viu uma criança ficar tão roxa como naquele dia.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Eis que no dia..
5 de Junho de 1990, exatamente as 10h e 46 minutos, no hospital de Clínicas da cidade capital do Paraná, nasce no sétimo mês de gestação, com 2kg e 30 cm, a mais nova membro da família Araújo, a caçula, até então, Fernanda Maria.
A escolha do nome foi simples; segundo Marisa, minha mãe, estava sentado na porta meu tio Antônio, que exclamou: Se for menina se chamará Fernanda, e se for menino Fernando! Já a escolha do segundo nome foi para homenagear minha avó materna que se chamava Maria. Sendo essa a origem da bela combinação de nomes, aliás, do meu nome.
Depois de superar o trauma que trazia comigo em relação ao meu nome, pois alguns colegas da escola insistiam em cantar toda vez que me viam "Maria tcha tcha tcha", posso dizer que gosto muito do meu substantivo próprio.
A escolha do nome foi simples; segundo Marisa, minha mãe, estava sentado na porta meu tio Antônio, que exclamou: Se for menina se chamará Fernanda, e se for menino Fernando! Já a escolha do segundo nome foi para homenagear minha avó materna que se chamava Maria. Sendo essa a origem da bela combinação de nomes, aliás, do meu nome.
Depois de superar o trauma que trazia comigo em relação ao meu nome, pois alguns colegas da escola insistiam em cantar toda vez que me viam "Maria tcha tcha tcha", posso dizer que gosto muito do meu substantivo próprio.
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